O ano de 2010 está trazendo consigo momentos de mudanças nas vidas dos que me cercam.
Já na virada de 2009, eu tinha agendados três casamentos importantes.
Digo importantes não porque os noivos sejam celebridades ou coisa que o valha, mas porque são pessoas muito especiais na minha vida.
No decorrer dos meses passados até aqui, mais outros dois surgiram, além de um noivado e uma possibilidade de "juntar os trapinhos" de amigos também muito queridos.
Detesto confessar, mas isso tudo mexe bastante comigo.
Eu, como a maioria das mulheres, também sonho com esse dia. Fico idealizando o pedido, a decoração da igreja, os detalhes da festa e a cara do meu dia-a-dia como uma mulher casada.
Mas o fato é que há alguns poucos anos, eu sequer imaginava a possibilidade de me ver casada. Tinha medo de que um dia fosse obrigada a fazê-lo em nome de tradição e pressões familiares, mas só de pensar, ficava arrepiada.
Hoje me vejo discorrendo sobre vestidos de noiva, dando dicas sobre cerimonialistas de quem eu ouvi falar bem, falando sobre as flores e os pequenos detalhes diferentes que se pode acrescentar na festa. Até sobre o preço do buffet eu sou capaz de opinar.
Mas o fato é que essa "experiência" decorre exclusivamente da observação.
Escuto as noivas falarem e fico ali, fingindo que me enquadro naquele assunto.
Não sinto inveja, porque isso seria absurdo. Mas fico com aquela perguntinha dentro de mim: Será que eu também vou estar envolvida com essas 1001 questões daqui há um tempo?
Não tenho resposta para essa pergunta.
Enquanto para muitas, a dificuldade está em arranjar um pretendente capaz de transformar o sonho em realidade, a minha está em fazer da ralidade um sonho.
Já tenho o meu amor, e sei que é ao lado dele que desejo passar o resto dos meus dias. Acho que ele pensa da mesma forma também.
O que nos falta é um elemento puramente prático, mas sem o qual não é possível dar o próximo passo. Falta estabilidade financeira - artigo em extinção no mercado.
Faço piada com a situação e vejo olhos complacentes me dizendo que o meu dia vai chegar.
Mas entendam, não se trata de desespero. Ao menos não ainda.
Trata-se apenas de uma mulher ansiosa, desgostosa com o fato de que é preciso um pouco mais de paciência e muito, mas muito trabalho para alcançar esse objetivo.
Na época dos nossos pais as coisas talvez fossem mais fáceis. Em geral os pais davam aquele "empurrãozinho" para despachar as filhotas aos cuidados nem sempre tão zelosos dos noivos.
Não estou certa de que essa fórmula seja perfeita, considerando a quantidade de casamentos desfeitos e ex-mulheres entregues à própria sorte, tendo que aprender um ofício ou, pior, submeter-se às mesadas dos maridões.
O fato é que não existe receita infalível. Para um casamento acontecer, dar certo e ser eterno, é preciso uma conspiração dos astros e muita força de vontade do casal.
Por ora, fico na audiência, vibrando e torcendo muito pelas conquistas dos meus novos casais.
Viva!
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