segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aquele olhar.

Tem pessoas que conhecemos da vida inteira mas não conhecemos realmente.
E tem outras, particularmente mais interessantes, que se mostram em minutos. Não é fundamental tanta conversa, basta um olhar sincero.
As pessoas podem nos enganar de muitas e muitas formas. Mas o olhar não mente.
E é esse olhar que me leva a escrever hoje.
O olhar que me pegou pela mão em um momento delicado. Olhar curioso, que me fez falar sem questionar nada. Não concordou com a cabeça, só seguiu olhando. Sem piscar.
Olho no olho, me fez sentir melhor como num passe de mágica. E me levou pro mundo do que pode ser daqui pra frente.
Não é um olhar pretensioso, só um olhar tranquilo. Esconde ali atrás, despido de joguinhos, um sorriso de canto de boca. E me diz o que pode ser, se eu quiser.
Ele não fala, mas eu entendo.
Argumento, traindo meu próprio olhar.
Mas ele segue olhando e eu me entrego.
Ele sabe, pelo meu olhar, que o coração ainda não é livre.
Mas sem palavras, me diz que não importa: Em breve será.
Livre pra ser o que tiver que ser. E mais nada.
Com tudo isso, juntos e só por esse momento, fechamos os olhos.