segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Os "recursos" femininos.

Vou te ensinar um pouquinho sobre o Sistema Recursal Brasileiro. Com palavras que juro, tu vais entender. Prometo não usar o "juridiquês" mais do que o necessário.
O rapazote chega a uma decisão. É o fim do relacionamento.
Inconformada, ela não aceita que é o fim. Quer entender. Tem algo ali que não ficou bem explicado, em vários momentos ele se contradisse. Omitiu pontos importantes e em outros deixou tudo muito obscuro.
Ok, nem tudo está perdido. Ela opõe Embargos de Declaração.
Ele, por pura obrigação e sem cobrar nada por um "dever" que ainda reconhece, concorda em ouvir as razões.
Mas como na maioria dos casos, diz que não é caso de embargos. A decisão está embasada, ainda que ela não concorde com os fundamentos . Se pretende o reexame da matéria, deve manejar o recurso cabível.
De posse disso, ela decide agravar. Pra isso precisa recolher as custas e juntar todas as cópias - provas de que aquela relação existia. Vai à instância superior e tenta uma reversão por quem manda mais (os pais).
Eles não ficam satisfeitos, uma vez que possuem outros tantos processos pra decidir. Mas, presentes os requisitos - a verossimilhança das alegações (ela de fato acredita no que fala e é capaz de convencer) e a possibilidade de dano irreversível ou de difícil reparação (ao coração da moça, à psique ou mesmo ao estômago, já que ela não come há dias) - vêm-se obrigados a analisar o caso a fim de evitar possível cerceamento de defesa.
Eles reanalisam tudo, mas no final das contas, entendem que o juiz da causa tinha razão. Falam com jeitinho, mas em resumo, siga sua vida querida. Negaram provimento.
Ela até poderia espernear e tentar novamente os declaratórios, mas de pouco iria adiantar.
Assim, com a matéria pra lá de prequestionada, ela se aventura aos Tribunais Superiores - os amigos.
O custo é bem mais alto, mas eles têm fama de tudo saber. Certamente serão justos.
Bem, deveriam ser.
Todavia, o que acontece de fato, é que eles fazem de tudo pra não receber o recurso dela. Tentam negar seguimento. Mas ela agrava novamente e o recurso sobe, enfim.
Agora é só esperar. Mas senta querida, porque vai demorar. Com alguma sorte eles julgarão antes da perda de objeto.
E como usual, nunca, jamais, reverterão a causa a teu favor. O contrário até pode acontecer.
Só que durante todo esse tempo, o processinho principal continuou rolando e enfim, veio a sentença.
Depois de reler incontáveis vezes, ela se convence de que o juiz confirmou o que havia decidido antecipadamente.
Desesperançada ela sabe que ainda cabe recurso.
Mas aí meu bem, já é apelação!!!!

domingo, 28 de agosto de 2011

O amor em que eu acreditava...

Sonhei durante anos com um amor completo. Um companheiro, um amigo. Alguém que dspertasse os melhores sentimentos em mim.
Queria cuidado, ma queria sinceridade também. Queria sexo, mas queria amor acima de tudo.
Fui enganada pela vida.
Ela me deu tudo isso, sem dizer que, diferente dos filmes, nem todo amor é pra sempre.
Arrancou do meu peito o sentimento mais lindo que eu já senti. No lugar dele ficou um vazio que nada preenche. Ficou a sensação de que isso não existe e que a maior busca do ser humano é inalcançável.
Não acredito no amor. Não poderia mais.
Tudo o que eu pensei que ele fosse, o amor, se mostrou mentira. Olho pros casais de hoje e secretamente rezo pra que eles nunca percebam que esse sentimento é ilusão. Só assim eles vivem felizes pra sempre.
Pra mim, confesso, é complicado. Cresci com o amor, fui amada em diferentes momentos da vida e em diferentes intensidades. Mas tudo acabou e eu já não consigo ver verdade em nada.
Me perguntam se eu quero amar de novo e imediatamente respondo que não. Nunca mais.
Não quero ter medo de novo, não quero dar armas pra ninguém me destruir.
O sentimento mais lindo do mundo se transformou no mais feio. É hoje mágoa, ressentimento. Uma completa e irreversível incompreensão do ser humano. Acho que esse "amor" me mudou pra sempre. Acabou com o sonho que eu cultivei ainda criança e me deixou só o pesadelo da vida adulta.
O que será que me aguarda ali na frente? Só consigo pensar em trabalho.
Tudo à minha volta parece desmoronar lentamente. E eu sei que quando a dor passar as coisas voltarão às suas formas e cores. Mas não o meu coração.
Sei que eu vou ficar bem, mas nunca mais como antes.
E é triste. É  só essa tristeza densa e pesada que eu sinto hoje.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O meu talento.

Pensei inúmeras vezes sobre o tema e não sabia dizer qual era o meu talento.
Hoje, passado o desespero da tormenta, tive essa resposta.
Tenho talento pra viver. E só isso basta.
Nas maiores rasteiras que a vida me deu, olhei bem fundo nos olhos dela e enxerguei os meus.
Posso até sofrer abalos na estrutura, me ver obrigada a me reinventar. Mas tá tudo bem, eu vou seguir em frente sempre.
Tenho um vício quase frenético de inventar sonhos sem deixar de lado a realidade. Bom que seja assim.
Tenho vocação pra ser feliz. Me acompanha?